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terça-feira, 19 de março de 2013

Diamantes

 

 Querem me ouvir contar a mesma história, querem que eu expulse o caos dentro de uma mente pulsante e confusa... 
Mas o que não sabem é que não dá pra se contar uma mesma história quando não se é mais a mesma pessoa. Não dá pra voltar ao mesmo estado, quando tanto já se passou aqui dentro (e fora também). As pessoas são estranhas, querem me ver cometendo os mesmos erros, na esperança de já terem encontrado respostas pra mim... Me diz: Quem tem que viver afinal, sou eu ou elas por mim?
 Me desculpa estragar suas expectativas mundo, mas eu não sou mais a mesma. Eu não sou mais a mesma menininha que gostava de espantar os fantasmas debaixo das asas dos outros. Não sou mais a mesma criatura dependente de uma mentira camuflada sobre o amor. 
 Hoje sou muito mais ternura, e não temo ser roubada. Hoje sou muito mais sábia mesmo tendo sido tão revirada nos últimos meses. Isso me gera ainda, mais uma teoria: Quanto mais roubam e bagunçam a gente, mais bonito fica...   No final somos todos diamantes precisando ser lapidados.
 Pensando assim a vida fica até poética, afinal todos um dia brilharão.

 Então descubro que logo em mim, logo dentro de mim havia um punhado de certeza. É até engraçado de ver.

 Ouvi "Na volta o que era descida, vira subida". Subir cansa meus joelhos, ralados demais pra uma garota, me desculpe, mas eu escolho seguir em frente...


Beatriz Oliveira.